O que as mulheres ex-presidiárias enfrentam após ganharem a liberdade?
São muitos os desafios que as mulheres ex-presidiárias enfrentam após ganharem a liberdade.
De acordo com informações do INFOPEN Mulheres, no Levantamento de Informações Penitenciárias, a grande maioria das mulheres no cárcere são:
- jovens;
- com baixa escolaridade;
- em extrema vulnerabilidade social;
- geralmente responsáveis pelo sustento da família.
A reinserção de ex-presidiários, no geral, é complicada, pois muitas portas se fecham, com as mulheres não é nenhum pouco diferente.
Reconstruir a vida pós-cárcere é essencial, e muitas delas querem, mas para muitas dessas mulheres as dificuldades são imensas.
No Brasil existem leis que garantem a inclusão social dos ex-detentos, mas muitos enfrentam dificuldade de ingressar no mercado de trabalho, passo importantíssimo para a reintegração e para diminuir o índice de reincidência criminal.
A importância de apoio para quem quer dar um novo rumo à vida.
Uma grande prova disso é que o índice nacional de reincidência carcerária no Brasil é de 42,5%, segundo o INFOPEN, mas em relação aos egressos e egressas atendidos pelo Instituto Recomeçar, esse índice cai consideravelmente.
Constatou-se esse número através de uma aferição feita pela Juíza Dra. Ilana Kabaczmk Luongo Kapah.
O resultado apontou que, dos 500 nomes consultados, que concluíram o nosso programa de Desenvolvimento Pessoal, Social e Profissional, apenas 1% retornou ao cárcere.
Diante disso, constata-se que é necessário que haja políticas públicas específicas para atender às necessidades das mulheres ex-presidiárias.
Obviamente, essas políticas devem levar em consideração, todas as suas especificidades.
Seguimos lutando para proporcionar inclusão social, educação para o trabalho e acompanhamento com nossos mentores sociais e nossa equipe psicossocial.
Nosso programa de acompanhamento tem o objetivo de fazer com que as oportunidades geradas junto à nossos parceiros sejam aproveitadas da melhor forma possível.
Ressaltando que é de extrema importância que a sociedade como um todo, se sensibilize, para que possamos trabalhar juntos para oferecer às mulheres ex-presidiárias oportunidades e possibilidades de recomeçar.
A semana da mulher está chegando, e se você leu este artigo e gostaria de saber mais sobre como ajudar nosso trabalho, entre em contato conosco, afinal, JUNTOS SOMOS MAIS FORTES.
